Em tempos de disputas tão acirradas em nosso país, nos inspiramos na tragédia de Ésquilo Sete Contra Tebas, na qual a cidade de Tebas está prestes a ser atacada em seus sete portais por uma guerra entre irmãos, para construir um percurso de 14 meses de investigação na cidade. Estando sediados desde 2016 no centro da cidade de São Paulo, no bairro de Campos Elíseos, nos inspiramos por essas sete portas e pela tensão de uma guerra iminente para mapear sete territórios em disputa hoje no entorno da nossa sede. Passamos pelo Largo do Arouche, Cracolândia, Santa Ifigênia, Favela do Moinho, Luz, Higienópolis e Minhocão e mergulhamos na cidade procurando entender quais forças agem nesses locais, seus processos históricos, as relações de poder que se estabelecem e se impõem, as opressões e principalmente as pulsões de vida que agem contra o processo de higienização, apagamento e extermínio.

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Neste novo trabalho do grupo chamado GUERRA, construído por nós d’A Próxima Companhia com muitas e muitos parceiros, o ponto de vista sobrepõe duas cidades, duas disputas e dois contextos. Nosso olhar pousou sobre sete territórios de São Paulo, metrópole que nos envolve no presente, e o desafio foi trazer aproximações com a cidade-estado grega de Tebas que há 2.500 anos foi colocada no centro do conflito da tragédia clássica de Ésquilo, Sete Contra Tebas.